620

Conheça nosso Blog!

Acompanhe

Aqui será o nosso espaço especial destinado ao tema "marketing", postarei artigos sobre o assunto e gostaria muito de saber sua opinião! Vale debater, discordar, reclamar, concordar e até compartilhar se quiser. Vamos nessa?

Achiles Junior

Por Achiles Junior no dia 05/04/2022

Artigos do Prof. Achiles

Consumidor masculino, ponto.

A vaidade é um aspecto importante quando se fala de consumo feminino. No entanto, foi-se o tempo em que vaidade, moda, revistas, propagandas e cosméticos eram exclusividade das mulheres e o consumidor masculino comprava apenas gel para cabelo, perfume e desodorante.

Assim como no mercado feminino, atualmente cresce a busca por produtos de beleza e cosméticos para o público masculino. Basta fazer uma simples análise: quando for ao mercado, entre na seção de higiene e veja os inúmeros produtos disponíveis para os homens. Você encontrará desde hidratantes e bases para unhas até tintura para cabelos. Todavia, apesar de algumas similaridades, no ambiente do marketing, como já comentado, um fato importante deve ser analisado: “mulheres e homens não são iguais e utilizar as mesmas estratégias de marketing para atingi-los significa, no mínimo, perder por pouco ou morrer na praia”, afirma Barletta (2006, p. 53).

Só para entendermos melhor essas diferenças, na pesquisa realizada por Gomes (2016) mencionada na seção anterior, as características do público masculino em relação aos anúncios são bem diferentes das mulheres. Os homens:

· sentem mais prazer ao ver os anúncios;

· prestam mais atenção em anúncios de TV que não tenham “depoimentos”;

· consideram mais anúncios de produtos que detalham a descrição técnica dos atributos do produto e têm mais lembranças desse tipo de propaganda.

Portanto, segundo esses estudos, os anúncios mais eficazes para os homens não são aqueles que usam celebridades, mas, sim, que mostram os atributos técnicos dos produtos (para as mulheres, é justamente ao contrário: atraem-nas aqueles que utilizam celebridades, personagens e histórias).

No entanto, o consumo masculino não fica somente nas linhas de cosméticos, de esportes, de tecnologia ou de automóveis. Novas oportunidades de negócios também surgem com o crescimento desse público e de situações específicas que ele vivencia. É o caso de uma empresa em Nova Iorque, Estados Unidos, que atentou para o fato de que o número de casais separados que têm filhos menores é grande. Essa empresa, então, orienta pais que recebem seus filhos aos finais de semana sobre a forma como estes devem ser educados, além de quais atividades podem fazer juntos e até mesmo que tipo de alimentação servir.

Enfim, esta nova sociedade está mudando! Perceba o crescimento de cursos na área da gastronomia, em que muitos dos chefs de cozinha são homens (a preconceituosa expressão “pilotar fogão” não traduz mais uma atividade exclusiva das mulheres). Muitos homens se saem maravilhosamente bem na cozinha! Abrir a mente para novas ideias, não julgar e não ter preconceitos são requisitos básicos para entender e aceitar essa grande mudança que o mundo está nos proporcionando.

O consumo e as diferentes fases da vida

Além de prestar atenção ao gênero do consumidor, é importante notar o estágio de vida em que ele se encontra. Encontramos dentro de cada gênero vários subgrupos, que têm necessidades e desejos distintos conforme a situação em que aquele consumidor(a) se encontra: viuvez, homossexualidade, divórcio, casamento recente, solteirice, profissional que viaja muito ou pai/mãe que cuida de filhos enquanto o outro cônjuge exerce sua profissão. Isso acontece porque o consumidor já não é mais visto como um número, um gráfico, uma faixa etária, uma posição social. Outros estágios interferem muito mais no processo de decisão de compra. Dentro de cada subgrupo, haverá uma situação com necessidades e desejos distintos, envolvendo também diversos fatores psicológicos, que determinarão a compra de um produto ou serviço.

Por exemplo, o consumo no supermercado de recém-casados é completamente diferente do de uma família com um recém-nascido, na qual uma boa quantidade de vinho/cervejas é substituída por fraldas e lencinho umedecidos! Ou, ainda, um cidadão idoso valoriza muito mais o serviço de saúde, as passo que um jovem quer mais qualidade na educação. Logo, é importante entender em que fase da vida seu consumidor (ou cidadão) se encontra para, então, compreender o que ele quer e o que ele valoriza.

 

Prof. Dr. Achiles Batista Ferreira Junior é coordenador e professor da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter