Como os brechós estão se reinventando digitalmente por conta da Covid-19
Os brechós como lojas físicas também foram atingidos severamente pela pandemia do coronavírus, principalmente por conta do Lockdown em diversas cidades e a preocupação com a higiene de seus produtos.
Segundo a pesquisa do Webshoppers 43 Ebit|Nielsen & Bexs todos os seguimentos de vendas online tiveram um aumento de 41% no período de pandemia do coronavírus, e o mesmo pode ser visto nas vendas de muitos dos brechós que também precisaram migrar para o digital, principalmente fazendo uso de redes sociais.
Esse passo de adaptação passou a exigir que os proprietários desse tipo de empreendimento se tornem verdadeiros curadores, onde passam a divulgar como as compram seus produtos, a sua preocupação com a higienização, a descrição e medidas, bem como a divulgação das fotos em sites próprios ou redes sociais.
Com o advento do amplo uso de redes sociais, e com o amplo desenvolvimento logístico de entregas no Brasil, brechós podem deixar de ter sua atuação local para ter uma atuação global, tanto para compra quanto para a venda de roupa, afinal, a roupa sempre será nova para os novos compradores. Principalmente, mudando a mente dos consumidores de que comprar em um brechó significa comprar uma roupa por um preço muito baixo. Não se deve misturar o conceito de Brechó, com todo o seu trato de roupas e acessórios, com um negócio de bazar. Inclusive, existem brechós que são especializados em roupas de grife.
Dessa forma, os proprietários desse tipo de negócio devem buscar se especializar na venda digital, principalmente na forma de apresentação de seus produtos, a definição de seu público-alvo e o seu comportamento.
Elizeu Barroso Alves
Doutor e Mestre em Administração pela Universidade Positivo (PPGA-UP), Coordenador dos CST’s Gestão Comercial e Varejo da UNINTER, Grande Secretário de Comunicação e Imprensa do Grande Oriente do Paraná.